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Segurança em primeiro lugar: Honda recusou participar de “Top Gun” por falta de capacete

Publicado por Amiguinho
Fonte: Autopapo / Motonline
2 mins para leitura

Olha só essa história, Amiguinho:

O filme Top Gun, de 1986, virou um clássico de forma instantânea. O carisma do jovem Tom Cruise, as cenas de ação com caças F-14 Tomcat, a trilha sonora e a motocicleta Kawasaki GPZ900R viraram marcos dos anos 80. Porém, era para o protagonista pilotar uma Honda e não uma Kawasaki.

Representantes da Honda falaram sobre a história durante a recente inauguração do American Honda Collection Hall. Segundo eles, a montadora japonesa foi a primeira escolha do estúdio para fornecer a moto que seria usada por Cruise no filme.

O filme seria uma excelente exposição para a marca. As negociações já estavam avançadas, mas os freios foram acionados quando as cenas do filme foram descritas: Pete “Maverick” Mitchell, personagem de Tom Cruise, iria pilotar a moto sem usar capacete.

Na época, a Califórnia – cenário do filme – não obrigava o uso de capacete para pilotar motos. Ou seja, as cenas seriam perfeitamente legais.

Ainda assim, participar do filme não foi considerada uma boa opção para a fabricante, que apostava na segurança como uma marca registrada de seus produtos nos EUA. Com isso, a rival Kawasaki aproveitou a oportunidade e tomou o papel com a sua GPZ900R.

Para entender o posicionamento da Honda é preciso voltar à década de 60, quando a marca chegou com sua pequena Cub50 nos EUA, terra das grandes motos custom.

Junto de um produto inédito, a marca optou por uma abordagem nova. Primeiro, a Honda criou uma imagem de ‘a marca de pessoas legais’, também ligada à responsabilidade – ante ao estereótipo de bad boy das grandes custom.

Como resultado, a marca atraiu um novo público, jovens e até donas de casa, algo inusitado para a época. Era uma abordagem contrária às tradicionais como Harley, frequentemente ligadas aos “descolados” e “fora da lei”. Assim, fornecer suas motos para um ousado piloto de aviões caça que não usa capacete era algo contrário ao posicionamento da marca na época.
Muito interessante, né? Se você fosse a Honda, teria tomado a mesma decisão?

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